sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Amor Sustentável

Não há mais casos de amores sustentáveis. Acho que um dia nunca houve e jamais vai haver. Como é que pode haver um amor sustentável? Acho que é uma nova definição de uma banda do cenário underground, que eu ainda não tive tempo de pesquisar.

Falam tanto sobre o mundo, sobre os amores, sobre a sustentabilidade, sobre todos estes termos que os leigos enchem o peito para falar. Bah, eu não estou a fim de ficar falando sempre sobre isto, nem mesmo sei se valerá a pena continuar falando sobre.

Referente a esta história, há dez anos atrás, quando a família passava os feriados na praia, lembro como Cubatão tinha um odor estranho e eu nem enxergava direito as indústrias ou a mata que tinha ali do lado.

Hoje, nos vários feriados que a famí­lia ainda passa na praia, eu já não sinto o odor da poluição que matou tantas pessoas e o lugar que já foi considerado a cidade mais poluí­da do mundo, tem um aspecto diferente. Há mata reconstituindo-se por ali, não vejo mais tantos sinais de erosão. O paredão, aquele que era famoso por passar nas propagandas da Operação Praia Limpa, hoje já não é um paredão liso. Prestem atenção da próxima vez que passarem por ele.

E eu ainda continuo achando incrível que falam que o Meio não está melhorando. Tivemos vários acidentes ambientais na década de 80, os piores do mundo, acredito. A proporção da década de 90 para cá melhorou e muito. Temos novas tecnologias disponí­veis e há novas cabeças pensantes, pensando em soluções criativas.

Mas concordo, temos que frear muitas atividades antropológicas. Entretanto, é incrível como acham que o Aquecimento Global é consequência de apenas alguns anos atrás. Eu diria que são de muitos e muitos anos atrás e mais, todos os nossos esforços para contê-lo não farão efeito algum no momento. Só serão sentidos daqui muitos anos. E, espero eu, que venha a época do arrefecimento, mas ­ ainda assim, muitos reclamarão do frio. Ninguém nunca está contente.

E já não estou mais com paciência. Quem quiser, que continue ouvindo Golpe de Estado e seu Caso Sério. Eu gosto deles e concordo em muitos aspectos. Porém, não estamos na era do Apocalipse.

E um amor sustentável, não sei se sustenta-se apenas em frágeis versos de uma música do começo da década de 90. Isto é, já inventaram o amor sustentável?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Pseudo-Suícidio

Pseudo-burguesa do Grande ABC, funcionária de banco que lucra bilhões é encontrada desfalecida junto de escombros de imóveis irregulares derrubados pela prefeitura, em uma rua principal de Guaianases, Zona Leste de São Paulo. Não há motivos conhecidos ainda, mas tudo indica que uma crise de TPM, seguida do início do inferno astral, podem ter contribuído.

"Cala a boca, Amanda!"

Poderia ser só mais um ataque de irritação, mas enfim, não era. Até porque, o preço que estava estampado na testa dela, de uma hora para outra, havia caído em R$ 0,10. Isto pode não significar muito para quem lê, mas para quem acompanhou a trajetória, sabe como é a desvalorização. É como o dólar: em um momento, você acha que não vale nada. No outro, ninguém quer pagar o que realmente vale.

Não acredito que tenha sido o rádio também, que a levou a tamanho desespero. Pelo menos, não no fim daquela tarde. Porque ele não estava alto. Talvez nem mesmo as barbeiragens do motorista. Mas também, porque ela não estava lá (hey crianças, não confundam com I´m Not There).

Talvez tenha sido o Vermouth, do bar Taubaté. Ou tenha sido apenas Cynar mesmo. Para afogar as mágoas. Não me perguntem porque justamente ela tinha que parar no bar Taubaté.

Certo, eu falo: ela sempre arrumava uma desculpa de que precisaria de um táxi, que ficaria até mais tarde. Quase sempre, nas quintas e sextas. Porém, quando não, ela dizia que iria para Taubaté. E nós, pobres mortais, acreditavamos piamente que ela iria para Taubaté (a cidade, crianças, a cidade).

Mas descobrimos que Taubaté que ela se referia era apenas o bar, perto do trabalho. O táxi, era para ela não passar pela Praça dos Expedicionários, tarde da noite e juntar-se aos passantes. Ela poderia até tomar Cynar, mais ainda assim, era refinada (destilada?). O táxi, pobre do motorista do táxi, é que havia de ficar até altas horas da noite esperando-a. Só assim a irritação dela passava.

Porém, o fato de tal desfalecimento, não era a idade. Não era o valor de R$ 3,40, também. Desconfio que tenha sido apenas pelo fato de, sua amiga, sentada ao seu lado, prestar mais atenção ao celular do que no que ela dizia. Talvez, por tal amiga soltar frases ao vento, sem que tivesse a menor noção do que estava dizendo. Creio que isto foi a gota d´água (e não de Vermouth, nem de Cynar) para ela.

Talvez o "Cala a boca, Amanda!", proferido por ela, tenha sido como o último suspiro. Daqueles de desgosto. Também acredito que o local onde ela foi encontrada desfalecida, tenha sido só uma última idéia romântica. É, romântica: ela queria saber apenas como aquelas pessoas moravam e viviam, naquele lugar que só tinha escombros agora.

Mas acho que o desgosto de tal visão foi tão pior, que ela teve apenas um pseudo-suícidio. E sei que, em breve, ela estará novamente no bar Taubaté, com uma garrafa de Cynar, ou Cinzano ou Vermouth, com um táxi a sua espera. Apenas para ela reviver (ou bem melhor, esquecer), toda a trajetória do seu maravilhoso Grande ABC até a aprazível Poá.

Em homenagem à Dona Fábia, salvadora de nossas vidas em momentos terríveis, que hoje simplesmente estava com a macaca! ^_^

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Fim de Semana

Não morri. Isto é fato, porque senão, não estaria escrevendo estas coisas. E vejam bem pessoas, não morri nem de dor de garganta, nem de febre, nem de dor de cabeça (mas a vontade de dar com ela na parede é imensa). Mas não morri principalmente por não ter ido trabalhar. Causa das chuvas do fim de semana? Obrigada, mas me isento de tal culpa.

Eu mal me lembrava do que tinha feito ontem. Aí, caminhando, eu lembrei. Lembrei de acordar cedo, olhar para o celular e voltar a dormir. Lembro da minha mãe me pedindo carona e dispensando-a em seguida. Lembro de ter feitos coisas banais, ter lido um pouco de um livro e ter almoçado. Depois, de ter ido ao shopping com a mama. Ido ao mercado. Voltado para casa. Trocando mensagens. E ir novamente ao shopping, em busca do vestido perdido (lembrei de Indiana Jones e a Última Cruzada, agora). Ter comido tranqueira. E ter sentido frio numa noite que estava quente.

Hoje... lembro de ter acordado as seis. Ter ponderado sobre dormir ou sobre ir trabalhar. A dor de cabeça venceu. Fiquei dormindo. Acordei tarde e fiz uma série de coisas para a mama. Fui buscar vovó para almoçar em casa. E o almoço? Bobó de camarão (previ o futuro na noite do sábado, no MC). Aí acabou a energia, na hora da chuva. Quase duas horas sem energia, jogando conversa fora com a mama e com a vovó. Hora de levá-la de volta. Bolo recheado com goiabada! Tio falando sobre exame de próstata. Conversas sobre como prever o tempo por meio de: dor de ouvido, dor de cabeça e dor nas costas. Sobre redemoinhos e relâmpagos.

Desço, no frio. Frio mesmo, de inverno (ou estou doente). Com a cabeça latejando. Me preocupando pouco com o amanhã. Em casa, tios e priminhos. Sabrina e Sofia. Vinícius e sua gritaria. Tia falando sobre a banda do irmão dela (sim, nós temos Heavy Metal!). Procuras no orkut, por ele e pela banda. Sabrina chorando na hora de ir embora. Não tinha se despedido da Sofia, portanto, teve que voltar e dar um beijo nela.

E agora, já é quase fim de noite, já é quase hora de dormir, estou com a cabeça ainda latejando e os olhos ardendo, um tanto quanto vermelhos. Crise de rinite. E apesar de tudo, penso no amanhã. Apesar de não querer mais pensar...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Dor

Um dia, há alguns anos atrás, estávamos saindo do trabalho, dupla San-San, acho que escutando Nickelback (this is how you remind me, of what really I am) e surgiu a confusão, apenas pelo fato de eu ter dito algo do tipo:

"My head is paining"
"Oh, really? But I think that you´ve got a headache."
"What? I didn´t understand"
"Just like this: head (pointed to my head) ache (a strange face)."
"Ahn... but I would swear that was 'head is paining'. What´s the difference?"
"Well... Pain it´s used alone... like 'I´ve got a pain on my back' or 'She feels the pain of losing something'. Ache is a complete.. like ´I´ve got a headache, I´ve got a toothache'. Understand?"
"Much better, now. I think I can use like this. You know, I´ve got a headache."

Ah sim... o diálogo acima foi travado num fim de tarde ensolarada, de um mês qualquer do ano. Lembro que estava realmente tocando Nickelback. Lembro que eu estava indo para o colégio, de carona, depois de um dia cheio de Philips. Lembro que o diálogo poderia ter sido em português, mas a insistência foi maior pelo inglês. Apenas por uma questão de treino.

Mas o porque disto tudo? Estou com throatache. Aí me lembrei do diálogo acima. Como sempre lembro quando estou com alguma dor. De sempre usar ache no fim do que eu estou sentindo dor. Parece confuso, mas logo acostuma.

Sei lá...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sending out an S.O.S.

Primeiro, veio a notícia na segunda-feira. Eu nem tinha assistido nenhum noticiário, na verdade, me privei de notícias no domingo, portanto, só saberia das novidades na segunda. E chego no trabalho com a notícia de que um louco havia entrada na contramão na Castelo. Pior: bancário.

Há pouco, vi no jornal local (SPTV) que um louco se jogou na linha vermelha do metrô de São Paulo, a linha que faz a ligação leste-oeste e a mais movimentada. Lembrei na hora dos amigos que utilizam-se do metrô para ir e vir.

Não posso taxar nenhum dos dois de loucos. Eu não sei os motivos que eles teriam para se matar. Ou tentar. Pode ser um conflito interno imenso, pode ser paranóia. Pode ser uma série de fatores. Mas só quem já teve uma idéia suicida é que sabe realmente os motivos que levariam a tal ato.

Também não sou eu quem vai poder dizer.

Outra coisa que me deixou boquiaberta quando liguei o rádio pela manhã, foi a notícia de que o Fidel havia renunciado. Eu pensei que ele morreria no poder, não largaria o osso. E isto me fez pensar, de maneira geral e radical no fim do mundo.

Vi Cuba melhorando, mas também vi Cuba piorando. Pude ver perfeitamente o sorriso cínico dos que queriam realmente acabar com o socialismo (?) na América. Já fui fã do socialismo/comunismo, hoje em dia, já não acho mais graça. A idéia é boa, mas é ultrapassada. Não há como ter uma igualdade social. Não baseada no marxismo. Não que o capitalismo seja um modelo ideal, mas convenhamos, quem ainda acha boas as idéias do Guevara, adoram Lênin ou idolatram Fidel... Sei não, mas este não é o século, nem o mundo de vocês.

Pensei também numa guerra no Brasil. Pensei também que, se houvesse uma guerra por aqui, não precisaríamos por o exército nas ruas. Poderíamos colocar nossos traficantes. Eles tem um armamento melhor que o exército. Eles tem um controle da situação muito melhor. Aos de São Paulo, alguém lembra do dia fatídico de maio de 2006 quando o PCC praticamente deu um toque de recolher as 17h?

Tudo isto me leva a pensar, realmente que o mundo está mais louco a cada dia que passa. Eu escuto Bad Religion no momento. Logo em seguida, posso escutar Placebo. A diferença? Nenhuma. Eles não mudarão o mundo louco no qual eu vivo. Eles não mudarão a taxa de suicídio, não mudarão as guerras, não mudarão os ditadores. Podem mudar meus sentimentos internos, mas não meu sentimento para com o mundo.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Da Série: Conversas no MSN

E falando em carros e ir para o trabalho, eu lembrei de algo que eu deveria ter falado mais cedo, mas só lembrei de falar quando a palavra "carro" veio à tona. É sobre a novidade do caminho das pedras (e agora, PEDRAS mesmo), para Poá:

Sandrinha diz:
Os infelizes da prefeitura de Ferraz colocaram aquelas porcarias de tartarugas
Sandrinha diz:
Na avenida do trem
Sandrinha diz:
A cada 100 m tem aquelas porcarias
Sandrinha diz:
Antes do radar e depois dele
http://teteteretete.blogspot.com diz:
tartarugas??????????????
Sandrinha diz:
É
Sandrinha diz:
Não é tartaruga o nome daquilo?
Sandrinha diz:
Que parece um tijolo, que tem olho de gato?
Sandrinha diz:
(que papo louco....kkkkkkkkkkkkkkkk)
http://teteteretete.blogspot.com diz:
creeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeedo
http://teteteretete.blogspot.com diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
http://teteteretete.blogspot.com diz:
gato tartaruga... bora jogar no bicho

Conversa de loucas? Imagina. É que eu
queria dar enfâse no que era. Porque é tartaruga mesmo o nome do negócio (acaba com o carro), mas tem olhos de gato (para ver no escuro) e parecem tijolos mesmo (não parece?). Mas bah... Acho que a enfâse não ficou boa! Melhor jogar no bicho mesmo, conforme a falou. rs

(era disto que eu estava falando!)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

The Stereo Dream

O problema é quando você tem aquela vontade incontrolável de cantar. De dançar. De fingir que é rock star. De fingir que sabe as letras de suas músicas preferidas.

O problema é quando você tenta imitar o penteado. Ou quando você só fica tamborilando os dedos. Ou batendo os pés.

O problema é quando a música faz você dançar na cadeira. Ou faz você balançar a cabeça no ritmo dela.

O problema é quando você acha que todo mundo conhece as suas músicas. Ou quando você dá uma música para cada momento. E para cada pessoa. E para cada lugar e para cada objeto.

O problema é quando você nunca, nunca cansa de cantar aquela música. Ou quando a sua playlist fica no repeat. Ou quando o volume do seu fone sobressai a qualquer outro ruído.

E no fim, não há problema. É uma alegria desmedida apenas por respirar e viver música.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Da série: As frases mais utilizadas

A pessoa sai de férias, você acha que ela vai te esquecer e do nada você recebe uma mensagem no celular, dizendo que tal pessoa lembrou de você, porque viu um motel com o nome de "Você Ki Sabe". Eu explico: utilizo a frase "Você Que Sabe" quando quero fazer algum tipo de ameça, que deve ser muito levado à sério. Pelo menos, o pessoal da equipe entende assim. rs

E quando os hormônios estão aflorados, é só utilizar a frase "Manda Vir". Mas ultimamente, qualquer coisa é "Manda Vir". Independente de ser boa ou ruim.

A "Pode Vir Quente Que Eu Tô Fervendo" é corriqueira. Não se relaciona a febre, mas se relaciona ao fato de se algo vai acontecer (novamente, independente do que seja), que venha! Ah sim, "Que Venha" também pode ser utilizada.

"Peste Véia" é quando eu quero xingar alguém, mas não quero. Não é bem definida, é um meio termo ente o uso geral de "peste", mas o "véia" é só para descontrair.

A mais recente, "Complexo de Atlas" tá mais do que explicada. Para quem não sabe o que significa, procurem sobre mitologia grega! :-P

E há tantas outras, tantas outras, que eu nem lembro. Poderia citar os versos mais cantados, como "Sending Out an S.O.S.", ou "Hello Teacher tell me what´s my lesson", ou ainda "I don´t see myself when I look at the mirror". Mas isto é assunto para outro post.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Da série: Cansei de Ser Legal / Tô nem Aí

Cansei de desculpas esfarrapadas, de ligações de interesses, de contatos frustrados. Cansei da ignorância e da falta de tato.

Cansei de esperar demais das pessoas e cansei de ser sempre eu a estar disponível para as mesmas. O estoque de maldade está em alta, é só pedir para que eu utilize. Cansei de ser legal, de entender, de sempre compreender tudo.

Cansei de quem não quer minha cia, cansei e passei da fase de pedir atenção. Cansei de ver faces que eu achava que eu conhecia, mas não haviam mais expressões.

E no fim, se é que tem um fim, eu só cansei. Cansei também de ficar preocupada com isto.

P.S.: Vou continuar desenterrando os vídeos no youtube. Tá bem mais legal.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Apenas

Apenas um pedaço de uma mensagem que pode nem mesmo chegar a seu destino, mas já não tem mais importância.

Apenas um pouco do amor que restou guia cegos nocauteados pela falta de razão, mas já não há destino certo.

Apenas a sobra de um pouco de líquido que embriaga e já não faz diferença para quem ingere, uma vez que apenas a esperança é que mantém a chama acesa.

Apenas um envio de socorro que não é escutado, que é ecoado e já não faz diferença, quando não se precisa do socorro, mas da perdição.

Apenas a sua vida nas mãos de uma banda de rock, que já nem faz sucesso. Mas as músicas continuam.

Então, apenas existe uma pequena manhã. Com tantos sentimentos iguais, em tantas outras pessoas, que não enxerga-se. Apenas solos de guitarra norteiam o caminho. E então, encontra-se realmente o que jamais foi perdido.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Olho Roxo...

... e tudo por causa do Orkut e suas sortes do dia. A de hoje?

Sorte de hoje:
Pare de procurar eternamente; a felicidade está bem ao seu lado.

Não que eu realmente fique procurando. Mas meus dias não tem sido os melhores, não sei se por opção, não sei se pelo cansaço mental, pela irritação constante. Sobre mim e sobre os outros.

Mas depois de uma conversa sincera, onde eu soube aproveitar cada palavra (e ainda estou pensando nelas), sei que o "Complexo de Atlas" vai passar. A única heroína que eu vejo é aquela da música do Suede e só. E sei que todo o outro resto não adianta.

Espero continuar, confiar e errar caso for o caso, para acertar. Estes não são dias sem fé, eu creio nisto. A fé, se é assim que eu posso chamar, vejo na expressão de quem me apóia, de quem consegue, em meio ao turbilhão de sentimentos sem sentido, fazer com que sorrisos surjam.

Amigos são uma das coisas mais valiosas do mundo. Agradeço sempre pelos os que eu tenho. E em especial, pelos que me acompanham diariamente.

"
You grow me like an evergreen
You've never seen the lonely me at all"
Placebo - Without You, I´m Nothing

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Like a Rolling Stone

Não sei como posso escutar duas músicas tão contraditórias de uma mesma banda: "Saint of Me" e "Sympathy for the Devil".

Acho que é o momento das minhas contradições. E quem entende?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Hush, It´s O.K.

O mar jamais vai evaporar. Sobraria o resquício do sal. E não poderíamos aproveitá-lo, senão criar-se-ia uma epidemia de tireóide. Mas isto já não seria surpresa alguma.

As nuvens que veremos, talvez não tenham mais utilidade no famoso ciclo da água. Talvez, a água que precipite delas seja ácida. E não haverá alegria, aquela explosão de alegria, ao vermos as primeiras gotas caindo.

Parece que tudo isto já foi escrito e todavia, o foi. Mas ninguém se importou em gravar isto para utilizar no futuro. Nem mesmo as entrelinhas serão compreendidas pelos gênios dos futuros.

Esta é a nossa visão única do mundo. Isto nos deixa comprometidos mais do que qualquer outra. Não há boa religião, não há um lado seguro para seguir, não há nada que vá despistar os caminhos anárquicos.

Não importa o que o governo nos diz, não importa o que a sociedade dita, não importa a carnificina que tem do lado de fora, não importa as mentiras que nos contam.

É engraçado como duas palavras podem ser tão parecidas. Rush e Hush. Gosto das duas, de qualquer forma. Isto nos deixa pensando em como será daqui para a frente.

Hora de enxugar lágrimas e seguir. Almas vêm e vão. Almas compartilham o que é bom e ruim.

Mas Almas Gêmeas são as únicas que entendem os contextos. São as únicas que entendem o que você quer dizer, mesmo não dizendo.

Almas Gêmeas são as únicas que não morrem no final (do mundo e do cotidiano)...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A Pior Garagem do Mundo

A pior garagem do mundo é a da minha casa. Se há algo que me deixa nervosa e sem paciência, é ela. Quem conhece a minha casa, ou já passou na frente, sabe do que eu estou falando.

Primeiro, porque ela parece mais uma viela. Segundo, porque ela tem uma puta subida. Terceiro, ela é estreita pacas.

Entrar é fácil. Sair é o problema. Me irrita ter que pedir para alguém verificar se o carro não vai ralar na parede. Me deixa nervosa quando este alguém é a minha mãe. Porque o nervosismo dela passa para mim num passe de mágica. E me irrita mais ainda quando eu não tenho meu momento de superação.

Porque eu quase ralei o carro, hoje. Porque, vejam só, se eu o fizesse, eu juro que não sairia mais com o carro até a quitação do mesmo. Porque eu fico extremamente frustrada quando algo parece que vai bem (e estava indo), mas alguém diz "Pode parar, porque vai ralar a lateral".

Se eu soubesse quem foi o infeliz que dividiu o terreno da minha casa, eu pessoalmente daria uma voadora no pâncreas dele. E me irrita mais ainda não terem aterrado a garagem, ou não terem subido o relógio da energia elétrica.

Ou seja, nada de sair com o carro. Porque se não fosse por uma ajuda divida mandada do outro lado da rua (valeu Deusão, de verdade!), eu teria acabado com outra lateral de outro carro. Novamente.

P.S.: Tive que tomar Neosaldina para passar a dor de cabeça. A irritação já passou, mas eu sinceramente odeio esta garagem.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Da Série: Coisas Que Eu Gosto

Desenterrar músicas. Falar sobre um filme. Citar bandas. Citar poetas. Fingir que sei muito sobre o Caos. Ouvir uma música que há muito eu não ouvia. Ver um seriado que gosto.

Ganhar. Perder, as vezes.
Sentir. Cantar alto e sozinha. Tocar "air guitar". Batucar. Tamborilar os dedos. Brincar de rimar. Inventar trocadilhos.

Ouvir som alto. Meu fone de ouvido. Meu MP3. Minha máquina digital. Meu celular. Meu PC. Meu Carro!

Sonhar. Traçar novos planos. Ir para um lugar novo. Sonhar, novamente. Dormir, de vez em quando.

Comer. Massas. Doces, mas não muito. Sorvete! Pepsi e Coca. Limonada. Muppy de Maçã. Dois Toddynhos (na falta de, pode ser Nescau) pela manhã.

Escrever. Ler. Ouvir (sem a parte da aparente surdez). Transmissão de Pensamentos. Sorrisos.

Família. Amigos. Amigos novamente. E mais uma vez. E sempre.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Enfim, cansada...

Cansada. De verdade.

Porque já tem três fins de semana que eu acordo as 4:30 da manhã (por opção mesmo e por necessidade também). Porque já não aguento mais o mesmo caminho todo dia, bem como não aguento as mesmas coisas todos os dias

Porque não aguento mais as pessoas terem controle sobre minha vida. Porque não quero ficar fazendo contas e contas, sempre, para ver se EU, EUZINHA aqui, vou poder me divertir. Porque não gosto de que fiquem me dando horários. Nem que me tratem como uma criança de 10 anos ou pior, como uma adolescente de 18/19.

Porque as vezes, eu tenho vontade de chorar e só fica um nó na garganta. Porque sempre aos invés de falar, eu calo. E por tudo isto, me sinto como se minha única função fosse só trabalhar, trabalhar e trabalhar.

E ainda tem quem diga que não entende quando eu agradeço. Eu TE agradeço simplesmente por me fazer rir, por me fazer sentir útil, por me escutar ou coisas do gênero. Por me fazer alugar filmes melosos para um fim de tarde de domingo, em ótimas cias. Coisas do tipo: como um bom sorvete nos momentos de maior calor ou "lumbriguice" mesmo!

Mas não nego, continuo imensamente cansada...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Não-Heróis

Pegue o que não precisa
E venha logo
Antes que eu parta

O caos é o amigo
Destas horas
Que realmente não passam

Não se preocupe
Com o que foi
Deixado para trás

Eu vou descrever
As coisas que nunca
Foram descritas antes

Todos os heróis
Devem ter
Um outro herói

Porque senão eles
Realmente hesitam
E não nos salvam

E não importa
Se a gravidade
Os atrai

Você está na areia movediça
Dê-me a mão,
E de preferência logo

Porque eu não quero
Que você seja
O meu Calcanhar de Aquiles

Não aqui
E muito menos
Agora

Porque eu e você
Só precisamos abandonar
Os nossos heróis

E todas as conseqüências
Que eles não trouxeram
E que nós nunca exigimos

Não há como escapar
Agora que você está do meu lado
Escutando as canções pesadas

Sem hesitação,
Se é que você
Consegue entender