quinta-feira, 26 de junho de 2008

Bem mais que o tempo, que nós perdemos...

... ficou para trás também o que nos juntou.

Eu já disse isto. Já cantei isto. Já respondi o que ele queria. Demorei, mas respondi.

Achei que ele estava no meio do furacão. Há dois meses, vinha pensando constantemente que ele ainda estava lá. E quem não se comunica, se estrumbica.

Mas o mais importante, hoje, depois de todas as coisa ruins: ouvir a voz dele, aquela voz calma, aquele sotaque gostoso, aquele jeito de conduzir a conversa que só ele tem. Aquela mesma história de dizer que está trabalhando demais, estudando demais.

Sei que ele está se reorganizando. Está se readaptando. Mas minha felicidade por ele estar aqui é tão mais intensa do que qualquer outra coisa.

Minha vontade foi de simplesmente abraçá-lo, colocá-lo numa caixinha e guardar só para mim. Egoísmo? Sim, mas e daí? Vontade de fugir... Para longe, para acertar tudo e mais um pouco.

E por mais que tenhamos perdido tempo, por mais que o que nos juntou hoje já não existir, não importa. Ele está aqui, ao meu alcance. E eu já dei o primeiro passo! ^_^

terça-feira, 24 de junho de 2008

Da Série: Cansei

Cansei de ser legal, é fato. Cansei de ser boazinha. Cansei de me cansar.

Eu queria fazer uma lista de 50 palavrões para falar quando eu estiver cansada de certas situações, mas eu teria vergonha de pronunciá-los.

Cansei disto também, daquilo outro então, nem se fala.

Cansei de não ser eu, cansei de ser eu, cansei de ser quem querem que eu seja, cansei de ser quem eu quero ser.

Cansei de estudar, cansei de trabalhar, cansei de ficar ouvindo música. Cansei de olhar além do horizonte não ver nada. Cansei de não falar, de não batalhar, de não ir e de ir.

Cansei da falta de amigos e cansei da falta de empatia. Cansei de ser e de não ser. Cansei de ter e de não ter.

Cansei. De mim, de você, da situação toda. Cansei do antes e do agora. E cansei de pensar no depois...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Oh Yoshimi, they don´t believe me...

Pois é, Yoshimi. Eles não acreditam em mim. Não, nem nos meus sorrisos, nem nas minhas palavras sérias. Acreditam menos ainda na minha quietude.

Não, Yoshimi. Eles não entendem que tudo isto não é uma causa isolada. Jamais entenderão o ditado que eu uso ao contrário "depois da calmaria, vem a tempestade". Eles também não entendem o sentido de não haver sentido no que digo.

Sim, Yoshimi. Não é você que nos salvará, não é você que me dirá que há programas especializados em destruir tudo o que criamos. Não. Não é você quem virá me dizer também que há muitas coisas além de programas de computadores que podem destruir coisas.

Eles também não acreditam que o trabalho todo é só para a cidade, e não para engrandecer nossas almas, Yoshimi. Eles não entendem que, realmente, há muita coisa errada, mas há tantas coisas boas... Não, eles não entendem. Eles blasfemam. Eles se irritam. Eles não conseguem ver além das nuzens dos dias cinzas, Yoshimi.

Sabe, Yoshimi... tudo isto pode não ser nada, pode não ter significado, pode não preocupar a ninguém além de mim. Pode não me dizer as verdades, pode me deixar no silêncio constante que tenho escutado no fundo do meu ser e ainda assim, nem tudo isto diz nada. Seria trágico, para mim, se todos os sentimentos ruins, não só meus, mas do mundo, se apossassem de uma só vez, como parece estar sendo, Yoshimi.

Então Yoshimi, eu sei que você pode ajudar. Não importa como. Não me interessam os meios. Eu não quero mais o silêncio que reina, nem a falta de sorrisos e nem mesmo uma falta de assunto. Não quero escutar sua música, Yoshimi, cinco vezes seguidas para escrever algo. Não quero ter esta coisa estranha, esta coisa dolorida para com o mundo, para comigo, para com os meus. Não quero que me entenda mal.

Só quero, sinceramente que, se há algo de estranho no ar, em tudo e em todos, isto passe logo. Porque não sei por mais quanto tempo eu posso me deixar assolar por isto, Yoshimi.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Você Não Sabe Quem Eu Sou

Não, eu não sei explicar. O frio é intenso, porque em Santo André/São Paulo/Poá tem feito um frio intenso. Calor? Só pelo excesso de blusas.

A espécie de dor que eu sinto é inexplicável. Não é algo de todo o ruim, mas tão pouco é de todo o bom. Não sei dizer se é na alma, mas o físico, já não há mais dor.

Eu caminho louca pela cidade. Não, na maioria das vezes não sou eu. A não ser que o carro esteja em meu poder. Mas não, tenho estado calma. E a calma é o pior, porque o que você me diz pode ser verdade. Mas também pode não o ser.

Evito pensar em tudo o que eu tenho sonhado. Minha cabeça gira, me sinto zonza, meu estômago revira.

E eu acho que eu sei: eu não consigo explicar. Por isto, você não sabe quem eu sou. Da mesma forma, que eu não sei, muitas vezes, quem eu sou.

*Escrito escutando The Who (I Can´t Explain) e Ira! e Ultraje (Eu não Sei)


domingo, 15 de junho de 2008

Da Série: Coisas que eu Não Entendo sobre música

ou.. a minha decepção com a fraude do Bon Jovi.

Porque a Billboard é o "termômetro" para o que há de "melhor", na música?

Porque o Suede acabou?

Porque o Steve deixou o Placebo?

Porque a música "Nobody Knows", ao ser procurada, vem com o nome da Dido, se não é ela quem canta?

Porque as músicas que você mais procura, são as que você menos acha?

Porque Os Paralamas do Sucesso copiaram algumas introduções do The Police?

Porque a música "Queen of New Orleans", do Jon Bon Jovi, tem a mesma introdução da música "Hey, Johnny Park", dos Foo Fighters?

Porque a música "Something to Believe In", do Bon Jovi, tem a melodia de "Don´t You Forget About Me", do Simple Minds?

E tem tantas outras coisas que eu até gostaria de citar, mas não adiantaria. Minhas dúvidas só aumentariam.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

It´s My Life

Tenho estado quieta e isto é fruto de cansaço mental. Cansaço, mesmo, porque não tenho vontade de falar, nem de pensar. Para escrever então, é um parto (normal). Porque se ainda fosse uma cesaria, saíria mais fácil. E com anestesia!

Mas não há do que reclamar. Recebi três desafios diferentes esta semana no trabalho, todos para realmente me colocar à prova. Para testar o nível de maturidade profissional que eu tenho adquirido. Para realmente verificar se vale à pena. Tenho gostado, de verdade, porque são coisas que eu não havia feito ainda. E tudo tem fluído para dar certo. E isto me deixa feliz.

Não há do que reclamar, porque tenho rido como nunca estes dias. Tenho rido com a Vivi quando ela faz cara de iguana e fala sobre o Golzinho amarelo, tenho rido com a Karina quando ela fala uma coisa e eu entendo outra (como: o quê, Ká? O povo tá devolvendo as coisas como quando se procura chifre? kkkkkk), tenho rido quando a Hilana simplesmente decide que é hora de fazer um chafariz, quando escuta algo que tem interpretação dúbia (ela simplesmente jorrou a água que estava tomando quando eu e Gláucia discutíamos sobre tomar "uma" na hora do almoço), tenho rido quando a Rô fala que eu mereço uns petelecos,
tenho rido do ciúmes da Tê com o Fernando, e tenho rido com o ataque de histeria do Fernando também, tenho rido quando a Fábia fica irritada (porque no fundo é engraçado), tenho rido de ir almoçar com a Amanda e ela dizer que, só porque ela está em regime, eu também tenho de estar, tenho rido quando o Allan sempre me cobra a coca-cola quando eu subo, tenho rido quando vou à impressora e o Will e o Jorge começam a cantar um pagodinho para mim (não gosto de pagode, mas tá tudo bem).

Tenho rido de mim, quando eu começo a cantar Netinho e a equipe entra no clima (hoje foi assim: Eu, Karina, Vivi e Sierras cantando "amor, eu fico, neste balanço você baila comigo), tenho rido com a Sierras, pelo motivo dela confundir Cookie com Cocker, quando a Fernanda fala que eu sou a gêmea dela, tenho rido com meu irmão ao vermos vídeos do Winning Eleven no Youtube (Pelé tendo convulsão, um goleiro sendo atravessado por uma bola no peito, o Inzaghi desmaiando) e sobre futebol em geral, tenho rido com minha mãe ao telefone, mas rido tanto, que ela tem de desligar o telefone, tenho rido quando dona Maria Carolina me liga e me chama de Catatau, tenho rido quando a Dê me liga com aquela voz de criança e me chama de xarope, tenho rido quando lembro o jeito engraçado que a San me chamava de Nanica, tenho rido quado lembro da Ione me ligando só para dar um suspiro de "tô de saco cheio" para logo depois desligar o telefone, tenho rido das caretas que o Gui faz, apenas para eu fazer uma careta de volta, tenho rido quando a Lisandra diz que eu tô que tô para ir para a pegada, tenho rido quando o Mario decide cantar ou imitar a Karina, tenho rido quando o Tiago faz os trocadilhos mais infames da paróquia.

E pode parecer que não estou quieta e cansada com tudo isto. Pode parecer mil coisas. Mas quer saber? Eu me sinto bem assim. Quietinha, na minha, sem reclamar, sem mandar vários e-mails, sem ligar para as pessoas a todo o momento (minha mãe é a única que acha o comportamento estranho...rs), sem ouvir as mesmas músicas, sem fazer as mesmas brincadeiras.

Sinto que preciso apenas desligar. Mas rir, ainda, está sendo o melhor remédio.

domingo, 8 de junho de 2008

Tomo um café...

e um guaraná, para me animar.

Se o recado foi providencial? Não sei, seria muita coincidência.

Da mesma forma, creio que animação, mesmo depois de cafeína, não tem sido meu forte.

E também creio que minha cabeça não está para ser uma pessoa legal estes dias. Tenho tudo para ser complicada comigo.

E assim, fico no eterno meio termo que eu criei em ser eu, na versão 2.4, ou fazer um upgrade, mesmo aguentando as consequências disto (amanhã talvez, vai ser um carnaval, vão falar de mim, pro bem ou pro mal).

Junto minhas palavras, verifico meus passos. Não tem sentido, porque eu não os tenho sentido. E assim, continuo.

Com um monólogo tão chato, que nem eu aguento...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Overbored

Fiquei chateada o dia inteiro, é verdade. Ainda estou e não é só com o mundo, é comigo.

Outro dia falei que tinha aprendido que nem sempre o que eu penso, o que eu quero e o que eu sinto, é o que as pessoas também pensam, querem e sentem. Nem tudo o que me é importante, o é para as outras pessoas.

Fico chateada quando as pessoas tem razão sobre alguma coisa e eu não quero dar o braço a torcer. Fico chateada porque tento fazer do jeito certo e sai do jeito errado. Fico chateada por haver mais reclamações do que sorrisos.

Fico chateada porque tenho que sempre sorrir, apesar de tudo. Fico chateada no trabalho, porque há um clima estranho e não sei lidar com. Fico chateada pelas pessoas não gostarem de mim do jeito que eu gosto delas.

Fico chateada comigo, por ser do jeito que sou. Fico chateada por não conseguir mudar algumas coisas, por ter sempre comentários que eu não gosto.

Fico chateada por não me sentir protegida e por não ter quem abraçar. Fico chateada e os olhos ficam marejados, mas nada sai. Fico chateada por querer ficar quieta e ninguém entender. Fico chateada por apenas querer algum carinho e nada, nem mesmo quando sou eu quem o faz.

E fico chateada principalmente por não conseguir me encontrar...

terça-feira, 3 de junho de 2008

All Lies About Me

Eu sou reclamona e isto é verdade. Mas meu ponto de vista está um pouco mudado, desde a semana passada. Tenho preferido ver as coisas boas, as coisas alegres, tenho preferido piadas aos invés de reclamações.

Tenho preferido ver o céu azul por entre nuvens, no espacinho de janela que me sobra. Não tenho compensado a falta de ninguém (não pensei que sentiria falta de falar com o Rafa no same, but...), entretanto, tenho falado com tantas outras pessoas, que até definimos quem é quem dos X-Men no andar que eu trabalho.

Tenho preferido levar alguns comentários na esportiva, outros, eu mantenho o bico. Tenho estado emburrada, mas por uma causa muito justa e que me faz ter mil idéias legais, que eu não consigo dar ênfase. Tenho escondido coisas e tenho deixado tantas outras evidentes.

Tenho escutado várias músicas (viciei em Apologize, eu confesso) e tenho me arriscado sobre o estilo musical (ok, eu confesso: vou a uma festa do banco, em que uma dupla sertaneja irá tocar!).

Tenho dito as pessoas coisas que gosto nelas, coisas que eu não havia dito antes. Tenho tentado me socializar mais, tenho estado mais presente.

Tenho feito todas estas coisas... Mas ainda assim... sinto um vazio lá no fundo.