segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mad World

Tantos rostos familiares, tantas vozes iguais. Sempre as mesmas músicas, sempre as mesmas bandas.

Novas manhãs que se formam, mas sempre o mesmo brilho do sol. Não leva a lugar nenhum, não se quer ir a lugar nenhum.

Lágrimas que estavam presas por dias a fios e que resolvem escapar. Mas são sem nenhuma expressão. Tem um certo quê de emoção, mas não dizem nada.

Sofrimento por dentro, sorriso por fora, fingindo que tudo está bem. No amanhã, não há amanhã. Há uma dor contida e incontida.

Um pouco engraçado e um pouco triste. Sonhos sem contexto que permeiam sempre a mente e nunca vêm à tona.

Crianças que se divertem com apenas um chapéu de aniversário. É o dia pelo que mais esperam, mas no fim, não diz muita coisa. São apenas crianças se divertindo.

Não deveria então se sentir como cada criança? Não, não deveria, porque não há um presente de aniversário.

Ir para o trabalho, para a faculdade, para uma festa, mas quem realmente conhece? Alguém deve conhecer, muito a fundo. Mas não faz por onde. Não faz olhar bem diretamente nos olhos.

Círculos e círculos viciosos. Receosos. Que por uma pequena gota, faz transbordar um copo de emoções. Faz acabar com o que havia de bom.

Mundo Louco. Interno e Externo Mundo Louco.

domingo, 26 de julho de 2009

Não Há

Não há troca de palavras. Não há troca de olhares. Não há troca de e-mails. Não há troca de SMS. Não hã troca de mensagens instantâneas. Não há troca de ligações. Não há troca de sorrisos. Não há troca de melancolia. Não há troca de toques. Não há troca de carinho. Não há troca de sentimentos. Não há troca de nada. E o nada é a pior parte de tudo isto.

domingo, 12 de julho de 2009

We're only human after all ♫♪

Não há nada que possa superar uma amizade. Nem mesmo um amor inútil que você possa nutrir por alguém que não te dá a mínima.

Afinal de contas, errar é humano. E em algum momento, eu errei. Não lembro aonde, mas foi em algum ponto de minha incontida felicidade.

Talvez tenha sido no momento em que eu decidi que gostaria de falar apenas de amenidades. Ou no momento em que eu decidi que não era momento de contar o que estava acontecendo.

Pode ter sido no momento em que eu fiquei com ciúmes, também. Pode ter sido no momento em que por um segundo eu desisti.

Mas tem alguns sonhos que nunca ocultam a verdade. Tem algumas verdades, porém, que são trocadas por sonhos. Paradoxo, não?

Há um momento em que simplesmente decidi que não queria ser mais a pessoa que parecia depressiva, sempre com os mesmos assuntos. Não queria mais parecer a chata. Não queria mais ser a chata.

Foi neste momento que eu resolvi colocar em prática a felicidade pela qual eu estivera esperando. Hoje, sei que tal felicidade foi momentânea, apesar de eu não ter superado a causa dela.

E sim, eu decidi que não falaria disto com você. Que falaria apenas sobre amenidades... Mas parece que eu consigo fazer isto?

Houve um acréscimo de confusão. Nós não ouvimos o tempo que passou. Eu não prestei atenção que eu estava deixando de lado. Eu não prestei atenção no egoísmo.

Da mesma forma, sei que nada nunca vai ser igual. Por isto, independente do que eu possa expressar, do que eu precise extravasar, seja via blog, ou seja via twitter, não quer dizer que eu realmente esteja precisando desabafar. Não quer dizer que eu realmente queira falar sobre com alguém.

Esta é a imperfeição da vida. Sei que não dá para deixar a bola cair, mas também sei que houve um tempo em que fiquei ali, só esperando. Mas nada nunca será do jeito que já foi.

Várias coisas se passaram neste tempo. Vários amigos foram feitos. Vários detalhes do cotidiano que não foram mais trocados. Nada de muitos sorrisos e nada de abraços.

Apenas ninguém pode dizer que não há um sentimento nisto tudo. Não é um sonho perfeito, mas também não é uma mentira.

Sempre há algo que aprendi com você vindo à tona. Mas errar em algum momento é muito humano.

E para este momento, desejo apenas amenidades. Apenas falar amenidades.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mesmo que não faça sentido...

Pegou mais um folha, fingindo que escreveria seu último adeus. Nos últimos sete meses, sempre quis dizer adeus. Sempre disse que seria o último adeus. Mas quem acreditaria?Chovia. Não torrencialmente. Mas chovia.


Uma foto dela no computador era a única coisa que aquecia seu coração. Mas até quando só viveria na ilusão de uma foto? Chovia tanto em seus sentimentos quanto lá fora.


Havia livros espalhados pela sala. Nenhum deles ela tinha lido. Jamais leria, jamais compreenderia. Assim como jamais compreenderia os versos escritos com tanto empenho.


Todas as músicas gravadas em um CD, apenas para lembra-la de quão grande era seu amor. Nenhuma das músicas fazia sentido para ela. Nenhuma das músicas era a música dela. Todas as músicas eram para ela.


Chovia, isto era fato. As únicas coisas que se esvaíam eram seus sentimentos. Ela não prestava atenção. Ela andava distraída. Ela não via os sinais.


Nada disto fazia mais sentido, apesar do amor. Nenhum telefonema, nenhum e-mail, nenhuma mensagem dela. Até quando o amor conseguiria viver sozinho?


E mesmo com nada fazendo sentido, tudo fazia falta. O perfume, o olhar, o sorriso dela. Os filmes que ela jamais assistiu e que jamais assistiria.


Mas era sempre assim. Sempre que queria dar o último adeus, sempre que tentava esquece-la, só fazia lembrar. Era um mistério como não conseguia esquecê-la.


Mesmo com todos os defeitos, mesmo servindo de estepe, mesmo estando no meio termo: amava-a, era fato. Sabia que não seria fácil. Sabia que não queria.


Chovia. E tudo o que queria era apenas senti-la por perto. Apenas isto. Mesmo não fazendo sentindo algum.