quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

UMA PESSOA COMO EU

Era uma garota que como eu amava o Brian Molko e o Brett Anderson. Adorava músicas das quais ninguém jamais ouviu falar, e de bandas com nomes engraçados, das quais as pessoas viviam rindo.

Era uma garota que tinha poucos amigos e também cara de poucos amigos. Na verdade, os amigos que tinha dava para serem contados nos dedos. Era o que ela chamava dos que valem à pena.

Era uma garota que havia adotado o ditado de que "os alunos devem ser melhores que seus mestres", e ultimamente estava levando tudo isto muito à sério. Sério até demais, porque estava se preocupando em estudar coisas das quais as pessoas não tinham a menor idéia do que se tratava.

Era uma garota que fingia tocar guitarra e violão, mas seu único repertório era de bandas punk rock e de underground britânico. Mas também amava as levadas de baixo, que tanto a faziam sonhar.

Era uma garota a qual ninguém levava à sério. Ou até levavam, mas demoravam algum tempo até compreender o que ela estava dizendo. Ou seja, ela falava brincando as coisas sérias. E falava sério sobre as brincadeiras.

Era uma garota que se apaixonou perdidamente pelo Caos. E quando viu que a brincadeira estava sendo levada à sério, esqueceu que realmente deveria levar à sério a ordem desordenada.

Era uma garota que não lembrava mais de suas paixonites infantis, mas agora se lembrava com adorado fervor de seu único e grande amor (até o presente momento).

Era uma garota que sempre se descrevia subjetivamente, porém as pessoas nunca entendiam como é que ela poderia se descrever subjetivamente. E as poucas que entendiam, continuam confusas.

Era uma garota que escrevia por puro divertimento, mas o divertimento virou um vício. Antes todas as histórias que gostaria ter lido quando mais nova; agora escrevia histórias que realmente gostaria de vivenciar.

Eu realmente não sei se esta garota se encontrou comigo, ou eu me encontrei com ela. O problema são todas as semelhanças que ela guarda sobre mim. Todas as interessantes e todas as incomodas. E agora eu realmente estou perdida: esta garota era uma ilusão da minha mente, ou era eu mesma? Será que alguém sabe?

Era uma garota que como eu, não sabia de mais nada.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Error!

Prezados srs. e sras., no momento, todos os nossos atendentes estão ocupados.

Também posso dizer que é culpa da Vivax/Net que deixa seus usuários na mão desde o fim da tarde até o começo da noite.

Como também posso dizer que não estou a fim de postar algo interessante, mas só para não perder o costume e o mal humor, estou postando este erro.

Sem mais para o momento e certo de que vossas senhorias não entrarão com reclamação no Procon,

Sandrinha (sem paciência nenhuma).

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

E SE FOSSE

Não há causas justas, quando o justo não está justo para você...

E se hoje fosse chover, você renegaria dentro de si toda a vontade de sair e ir brincar com os pingos?

E se hoje fosse o dia que você tantou esperou para se libertar, você teria a coragem necessária de deixar tudo para trás e ir até onde você jamais esteve?

E se hoje fosse o dias das suas literaturas, você acharia graça, fingiria que é só mais uma de suas alucinações ou que é apenas Special K?

Se hoje realmente fosse o dia, você continuaria pensando em ser uma estátua, ou descreveria novamente como se sente, como se você realmente tivesse descoberto seu calcanhar de Aquiles?

Se hoje houvesse algum tipo de salvação lá fora, você estaria na parte dos rebeldes? Neste caso, você não faria parte da guerra, de um rei que você realmente não sabe quem é?

Se hoje houvesse a reviravolta, você acreditaria na volta daquela pessoa, demandando seu tempo e compilando seus segundos? Você acreditaria nas canções pesadas que você esqueceu? Você acreditaria, pelo menos por um momento no que o Molko diz?

Se hoje fosse o dia de tudo ir por água abaixo, você realmente se cansaria de ser quem você tem sido todo este tempo, ou é só mais um capricho não explicado?

Se hoje fosse o dia dos amores tardios, você serviria seus sentimentos em uma bandeja de ouro, ou você deixaria se levar por todos os pecados já cometidos?

Se hoje suas tormentas mentais não fossem o suficiente, você procuraria cada eu, cada você, dentro de outra pessoa? Você cansaria de ser underground (e entenda, não background), pelo motivo pífio das desculpas que você não consegue arrumar?

Se hoje fosse o dia, definitivamente, muito veneno não seria o suficiente para o seu suícidio. Muito veneno faria o efeito contrário.

Tudo isto é conforto, para as emoções. Infelizmente, não há mais nada a fazer. A cada eu, a cada você, há uma perda considerável. Nós somos os líderes cegos de revoluções que jamais acontecerão dentro de nós. E se hoje fosse o dia para isto, enfim, não levaríamos nada adiante. Por mim e por você.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Post Direcionado

Como diria a música do Placebo "weeping wounds that never heal". Não, sei que neste caso não é assim. Porque sempre há o jeito instigante de ir cada vez mais longe, cada vez mais perto do "problema" criado. Não há problemas. Não há nenhum tipo de hesitação que faça com que isto possa ser parado. O lance de ir a fundo.

A armadura se faz necessária em algumas situações (?). O lance de ter controle sobre. Só que não há nada para ser controlado. O difícil é assimilar isto. Não tem como assimilar se não pensar.

O lance do converger e do umbiguismo tem uma linha tênue. É complicado não atravessar. Também é difícil não se auto-afirmar. Acredito mesmo que tudo fica menos difícil quando há o desapego, mas... como com outras coisas, não ensinam isto na escola. Da mesma forma que eu acredito que na escola também não nos ensinam como não ter o desassossego.

Sei que tem algumas coisas que não devem ser criadas. Ou na verdade não sei. Tem armaduras que vestimos para apenas não deixar transparecer o que realmente sentimos, como realmente somos. E nestas horas, pessoas que como você, que entregam os abridores de lata, é que realmente enxegam a fundo a coisa. O lance de olhar diretamente não no fundo dos olhos, mas no fundo da alma.

Acredito que também não é insano. Com toda a certeza, a pessoa para quem foi direcionado entenderá perfeitamente o que você quis dizer.

E o tempo é relativo, sempre. Mas se este é o melhor PRESENTE (hoje, agora mesmo) que pode-se dar, ótimo. Basta saber como aproveitar. Ainda mais com a cia certa e com os desabafos nos momentos necessários.

I thank you all the time! Ever! ^_^

domingo, 27 de janeiro de 2008

Look Right Through Me

Como diz a música, eu acho isto meio divertido, ao mesmo tempo que acho isto meio triste. Tenho um sério problema que não consigo controlar (meus demônios internos). Não se brinca com os inimigos interiores, eles sempre são mais fortes do que qualquer mágoa que se possa nutrir.

Tento não pensar se haverá amanhã, ou se esta noite eu apenas vou sonhar com um lugar onde eu não estive, com pessoas que eu não conheço. Jamais sonhei com os Campos Elíseos. Mas já sonhei com o Tártaro e isto é fato.

Vejo o olhar de uma criança, que ainda tem esperanças. Mas eu estou muito nervosa, porque acho que não há quem olhe nos meus olhos e realmente vá me conhecer. É difícil dizer isto, do mesmo jeito que é difícil fazer com que seja intelígivel.

E cada novo dia há uma nova corrida contra o tempo, contra tudo. Não há sentimentos. Bons ou ruins. Isto faz com que eu veja as pessoas da forma como eu não gostaria. Isto faz com que meus pensamentos fluam de uma forma tão intensa, que me põem louca.

Como se fosse fácil. Mas gostaria de me sentir novamente como uma criança que espera pelo seu dia de aniversário. Com uma ansiedade boa.

Mas olhe bem para mim: ninguém pode me dizer qual é a lição da vez que eu tenho que fazer. Isto é meio engraçado. Isto é meio triste. É a parte difícil de aceitar.

Mesmo que esteja olhando bem para mim.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Why So Serious?


Para quem já assistiu ao trailer de "Batman: The Dark Knight", sabe o que eu estou falando. Há um determinado momento em que o Coringa simplesmente pergunta ao Batman: "Why So Serious?".

Na verdade, esta foi só uma maneira que eu achei para falar sobre a morte de Heath Ledger, o novo Coringa, do novo filme do Batman. Para quem estava acompanhando, desde o anúncio, todos esperavam muito (e ainda esperam, eu tenho certeza), sobre a atuação de Ledger como o Coringa. Será que ele será melhor que o Jack Nicholson? Será que ele realmente vai roubar a cena no filme?

Tenho absoluta certeza sobre isto. Tanto que eu não lembro absolutamente de ter visto na divulgação do filme, fotos do Christian Bale como Batman. Mas lembro de ter visto várias, várias fotos do Ledger como Coringa. Lembro de que foi aberta uma página exclusivamente para um jornal de Gotham onde o Coringa faz piadas. Lembro do trailler ter mais imagens marcantes do Coringa do que do Batman.

Mas onde entra a morte de Ledger na história? É simples: a morte dele, para os caçadores de casos, sempre vai ter um quê a mais. É só lembrar de quando o Kurt Cobain morreu e todas as circunstâncias de sua morte. É só lembrar (ok, eu não tinha nascido) de quando o James Dean morreu. Ou de quando Marylin morreu. Ou Janis Joplin. Ou Brando Lee.

Todas elas foram circunstâncias estranhas e não bem explicadas. A de Ledger é fácil, o corpo dele estava rodeado de pílulas. É só ver também entrevistas ou relatos sobre as filmagens de "The Dark Knight". Ele estava perturbado pelo papel de Coringa. E isto é fato que o mesmo havia citado.

E este novo filme do Batman será um grande sucesso de bilheteria. Apostem quantos sorvetes quiserem comigo que haverá sessões e sessões lotadas. Não só pelos fãs de Batman. Não só pelos fãs do Coringa. Mas por ver um astro em ascendência que faleceu bem no momento em que poderia fazer o maior sucesso de sua vida. E convenhamos, só pelos teasers do filme, sabe-se que este vai ser um dos filmes mais esperados de 2008.

A morte de Ledger, apesar de tudo, vai ser um grande comercial para o filme. Por pior que isto possa soar. Ainda mais porque Ledger morreu "perturbado" pelo personagem mais marcante dos quadrinhos. Aquele personagem que apesar de tudo, é o único que consegue fazer com que o Batman não tenha tanta confiança assim. Mas ainda assim, este filme com certeza será lembrado como um dos melhores (se não for o melhor) papel do Ledger.

E como o próprio Coringa diz neste filme: "Why So Serious? Let´s put a smile upon that face!".

Para saber mais:
http://whysoserious.com/
http://thedarkknight.warnerbros.com/

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Aflições

Estou a volta com tantas notícias que mal sei com qual devo me ocupar primeiro. Também sei que cada uma destas notícias tem um fato novo e relevante para mim.

Como as coisas darem certo, sem que eu me dê conta. Os meus desejos estarem a toda e ao mesmo tempo, saber dos riscos envolvidos.

Só que agora sinto uma aflição desmedida. Recebi uma notícia boa, que eu queria muito, que não sei se vai dar certo. Se der certo, já estou sentindo uma saudade imensa de coisas que aprendi em tão pouco tempo que não sei como saberei viver sem partilhar diariamente, olhando nos olhos de pessoas importantes e que me fazem crescer a todo o momento.

Estou num mar de confusões. Entre o que realmente era o que eu procurava (e ainda procuro, porque isto é só uma parte desmedida da minha ansiedade) e entre onde eu realmente me sinto segura.

Estas são as peças que minha mente prega. E eu sei que uma série de fatores está conspirando agora. Mas... sempre vai ter um mas, MAS prefiro pensar nisto depois.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Da Série: "Versos para Mim"

"Não falo como você fala, mas vejo bem o que você me diz".

"Se você quiser alguém para ser só seu, é só não se esquecer eu estarei aqui"

"Quem sabe um dia eu escrevo uma canção para você"

"Hush, it´s ok, dry your eye, soulmate dry your eye, ´cuz soulmates never die"

"Finge que volta que eu finjo que a falta que você faz é morta"

"Então, onde fica o meu orgulho nesta história de amor por você?"

"Eu não ficaria bem na sua estante"

"Não falo de amor quase nada, nem fico sorrindo ao seu lado"

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Você (eu) mentiu (menti)

Ele me fez uma pergunta crucial hoje: "Você está apaixonada?". Incrível como eu ainda não consigo responder tal pergunta.

Mas não, não estou apaixonada. Apesar de lembrar dele toda vez que toca Psycho Killer, toda vez que eu ouço Bad Religion.

Não, não estou apaixonada. Apesar de ainda ansiar pela resposta que ele ficou me devendo há mais de uma semana.

Não, não estou apaixonada. Apesar de, ao escutar a voz dele, simplesmente me faltar o que falar, bem como minha respiração cessar.

Não, não estou apaixonada. Na verdade, nunca estive. Sempre foi algo mais valioso do que uma paixão.

E na verdade... Nem sei se ele precisa saber quais são meus reais sentimentos no momento.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Sobre MP3 e Carros

Conversando com meu primo Tiago sobre a instalação megalomaníaca do som no meu carro, num sábado pela noite, com sono, pensando em ir para Poá as 6 da manhã do dia seguinte:

reservado para reservas diz:
ja pensou?
reservado para reservas diz:
um mp3 de bolso
Sandrinha diz:
Pois é, estou pensando agora
reservado para reservas diz:
empurrando uma caixa uma corneta
reservado para reservas diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
reservado para reservas diz:
os caras vao pensar
reservado para reservas diz:
e povinho os caras instalam o som em vez de comprar um cd player compra um mp3 de bolso
reservado para reservas diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

E como se não bastasse, ainda implica com a cidade onde eu trabalho:

reservado para reservas diz:
aff...............
reservado para reservas diz:
o cidadezinha hein
reservado para reservas diz:
tanto lugar pra vc ir trabalhar
reservado para reservas diz:
e olha q sao paulo é enorme
reservado para reservas diz:
tem milhoes de itau
reservado para reservas diz:
e vc vai parar logo la
reservado para reservas diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Ou seja.. uma vez zoada, sempre zoada!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

I´ll Describe the Way I Feel

Gostaria de espalhar todos estes sentimentos estranhos que sinto. Nenhum deles me parece fazer bem, pelo contrário, fazem com que eu pense cada vez mais em respostas que eu não tenho e sei que não vou ter.

Gostaria de poder dizer o que eu sinto. Mas eu não consigo, não sei como expressar, estes sentimentos jamais seriam traduzidos em palavras. Eu apenas os sinto, eu apenas os guardo comigo, eu apenas fico angustiada sozinha.

Não espero que ninguém compreenda. Da mesma forma que eu não espero mais que eles não tomem conta de mim de tempos em tempos. Não posso construir fortalezas em volta. De minha mente e do meu coração. E mesmo se eu pudesse fazê-lo, não sei se faria.

E enfim, não há nem mesmo um desabafo que vá me deixar mais aliviada. Agora, só tenho que esperar. E conseguir ficar em silêncio comigo para descobrir o que acontecerá no momento seguinte.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mais Palavras

As palavras já não são minhas amigas. Pego-as no ar, mas não as guardo. Elas me sussurram aos ouvidos, porém, eu já não as escuto. Deixo de escrevê-las. Não são mais do que lembranças agora.

Então, lembro vagamente de poucas coisas, que palavras não podem descrever. Recordo-me com pouca precisão de fatos. Na falta de detalhes, eu os invento. Mas não consigo fazer isto com esmero.

Há uma tal perturbação sem nome, que já não consigo. Ir adiante ou voltar atrás. Uma única foto não é melhor que mil memórias. O problema é quando não se tem a foto ou não se tem os escritos.

Sonhos quebrados, permeados por falta de literatura. Sem remédios para tal. Não há cura. O senhor dos sonhos não está disponível no momento. Parece-me que está em reunião com a senhora inspiração. Por isto há falta de.

Não importa se o que eu descrevo me falta. Me falta palavras para dizer. Toda a falta de contexto não está contida em nada.

Então, ouço uma música, que parece não ter sentido. Tudo fluirá. O problema é se haverá áreas de drenagem para as palavras e os sentimentos.

Ou o problema deve ser todas as lembranças contidas, que não há como descrever...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Da Série: "Umbiguisses"

É estranho. As vezes você está apenas numa boa, falando sobre as coisas legais que estão acontecendo com você (ou até mesmo as ruins). Aí alguém chega, pode até ser brincando, mas diz assim: "acha que o mundo gira em torno do seu umbigo?".

Eu sei. Não, não gira. Enfim. Mas eu posso utilizar aqui a mesma história do "Cansei de Ser Legal", para a série "Umbiguisses".

Se eu falo sobre mim, é porque eu sou egocêntrica. Se não falo, é porque sou fechada. Se as vezes faço um comentário inteligente, dizem que estou me achando. Se eu fico na minha quando ouço alguma coisa idiota, dizem que eu também estou me achando.

Mas quer saber? Dane-se. Talvez meu mundo esteja girando realmente em torno do meu umbigo.

E quem se importa, realmente, com isto? Que cada um cuide devidamente de seu umbigo. E do mundo no qual ele gira.

domingo, 13 de janeiro de 2008

As Palavras (eu as perco)

A cada vez que eu perco as palavras, eu sei que não há mais um lugar para onde eu devo voltar. Então, eu desisto de uma coisa, para nunca iniciar outra. Não, não é desistir dos sonhos. Mas é não escolher um novo para viver.

A cada vez que eu perco o senso, eu finjo que não há realidade. As paredes não mostram o que acontece lá fora. Pouco importa o medo de ficar sozinha. Mas isto não é mais uma questão de fé. É uma questão de quase não tê-la mais.

E cada uma destas palavras são tão verdadeiras quanto cada mentira dita todos os dias por aí. Toda mentira tem um senso de verdade. É paradoxo, mas é verdade. Ninguém escapa disto. Há o infra-vermelho para verificar toda a acidez de.

Então, cada vez que eu perco cada uma das coisas que eu sempre quis conquistar, sei que não vai haver uma manhã de glória para eu contar uma nova história. O que vai haver é sempre uma noite. Uma noite de insônia, ou uma noite dormida com fantasmas.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Novos Olhares

Desenvolvi uma nova paixão. Descobri que gosto de ter vários megapixels gravados em CDs e DVDs diversos.

Descobri que gosto de tirar fotos de momentos engraçados. De momentos sérios. De paisagens bucólicas.

Descobri também que gosto de filmar cenas da vida real. De momentos cômicos. De arquitetar documentários que não existem.

E assim, descubro que eu terei um pouco de cada coisa guardada comigo, sempre que eu apertar o disparador da máquina fotográfica.

domingo, 6 de janeiro de 2008

The Placebo Effect

Amigos dizem isso é legal, amigos dizem isso é bom. Mas alguém tentou me fazer sofrer. E é disto do que tenho medo. Eu estava mais que cega, perdida, sem pistas. Eu sempre fui uma pessoa introvertida.

Você sabe que eu nunca quis isso. A luz revelando, a luz definindo. Seguida de uma hábil levitação. Mas é hora de passar você pelo teste. Agüentando meu fôlego apaixonado. O teste, na verdade, é todo o inferno pelo qual você me faz passar.

Não há segundas chances. Quando eu chego ao fundo. Enquanto a raiva desaparece. E tudo isso é verdade. Tropeçar em você é tudo que eu já faço. Enquanto a dor de cabeça desaparece.

Eu nunca tive fé. Eu era a garantia de causar uma confusão. Eu nunca fui leal. É por isso que passo meus dias sozinha. Sou o produto de um lar desfeito. Mas não vá e me deixe. E por favor, não me deixe cega. Eu encontraria um novo jeito de enxergar; seus olhos pra sempre junto aos meus.

Eu acho que não preciso mais de você. Eu sinto como se você apenas esperasse. Porque você não me rejeita? Você é o meu cúpido à prova de balas, e mesmo assim é aquele tolinho.

Levemente confusa pela sua falta de direção, as coisas não são o que parecem. Isso é errado e eu tenho esperado por tanto tempo. Mas estes eram dias antes de você ter vindo. Entretanto, você está sempre à frente do jogo.

Você possui todas as características que faltam em mim, por coincidência, ou propositalmente. Eu irei arrancar do meu peito a idéia de que você é divino. Porque eu estou no porão, você está no céu. Então eu seguro minha respiração, conto até dez e entro em colapso.

Meu corpo está quebrado, mas o seu está alugado. Nenhuma outra prisão eu escolho ter. Eu sei que sou egoísta, sou insensível e eu sei que eu sempre acho alguém para machucar e deixar para trás. Completamente sozinha no espaço e tempo, não há nada aqui a não ser o que é meu.

Mas a pergunta que não cala é: “como eu sempre venho terminar aqui?” Deve ser por falta de bondade. Ou deve ser teoria da conspiração: o mundo inteiro quer o meu desaparecimento. Alguém chame a ambulância! Pois vai haver um acidente.

Eu estava sozinha, em queda livre. Eu estava confusa, esquecendo nomes e rostos. E alguém me perguntou: “Baby, você se esqueceu de tomar seus remédios?”

Mas outro alguém gritou: “Não se esqueça de ser do jeito que você é”. A única coisa na qual você pode confiar é que você não pode confiar em coisa alguma. Mesmo quando você destila toda sua melancolia sobre mim.

Agora, nunca nada acontece como eu quero. Você me banhava com canções de ninar. Isso leva a dor para longe, mas não faz você ficar. Seu sorriso deveria me fazer espirrar. Só que eu pagaria para ter você por perto.

Então eu descubro que sem você, eu sou nada. E você é o meu novo calcanhar-de-Aquiles. Tal imaginação parece ajudar os sentimentos deslizados. E eu perco o poder da fala, toda vez que você está por perto. E ainda assim, você nunca viu meu lado solitário. E o que me resta agora é salvar este maldito coração de mim.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Da Série: "As Músicas da Minha Vida"

Tears of the Dragon. Eu era um Lobisomem Juvenil. Sleeping With Ghosts. Letting the Cables Sleep. Ordinary World. The Wicked Game. 1000 Memories. Stay Together. Yoshimi Fights The Pink Robot. Na Sua Estante. Meu Erro. Sincero Breu. It´s Just Me. Message in a Bottle. Hole in my Soul. Sweet Child O´Mine. Natália. Save Me Now.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Desabafo

Sempre vai ter alguém para chatear. Só por causa de uma dor de cotovelo.

Ou por causa de um acordo: você entra com o pé, ele com a bunda.

New Year´s Day

Certo, não resisti ao impulso de colocar como título o título de uma das músicas que eu mais gosto. Enfim, este não é o tema da coisa.

Fiquei quinze dias tomando sol na cabeça e isto deve ter afetado meus neurônios. Enquanto todo o restante da família ficou para ver os fogos na baixada, eu subi. Acho que foi mais por saudade. Da minha mãe, do meu irmão, da Sofia,da minha casa, do meu quarto. Não quis ver os fogos lá.

Enquanto isto, eu via os fogos da janela do meu quarto. Não vejo mais tanta graça em ver a queima dos fogos no meio da muvuca. Não me faz pensar. Aqui na minha casa pelo menos pensei. E recebi o primeiro desejo de Ano Novo de uma pessoa que me é tão especial que eu jamais pensei que ele realmente fosse se lembrar.

Da mesma forma, também pensei em quem já se foi e continuo pensando neste momento. Grandes amizades que eu perdi não porque eu quis, mas porque assim foi o destino. Mas sei que estas pessoas estãos em um lugar melhor do que eu.

Também pensei nas amizades que fiz e como me reaproximei de outras. Posso dizer que algumas boas conversas são sempre boas.

Mas 2007 não foi um grande ano. Foi um ano como todos os outros. Ou não. Fiz minha colação de grau. Ingressei na pós. Tenho um bom (?) emprego. Mas não fiz grandes realizações como eu esperava ter feito.

Enfim, não há porque eu fazer balanços. Mas todo recomeço, e cada novo ano é um recomeço, é apenas uma forma de se encontrar. Espero que eu me reencontre.