domingo, 18 de maio de 2008

DOS DIAS SEM FIM

Destes dias sem fim, os quais não lembram muitas coisas a não ser o que já foi esquecido, em uma gaveta que não é mais aberta.

Dos dias sem fim, os quais há tudo para se lembrar, menos da chuva que não cai há pelo menos três dias. Da mesma chuva que sempre parece a mesma, mesmo nos dias sem fim algum.

Nos dias sem fim, em que você apenas se lembra de outra pessoa ao assistir um filme. Porém, nos dias sem fim, não existem filmes que farão voltar no tempo.

Dos dias sem fim, em que escutar uma simples música faz com que tudo fique belo e ao mesmo tempo interessantemente nostálgico.

Destes dias sem fim, em que não há ressurgimento de uma chama de paixão por coisas novas, só existe o cheiro das cinzas.

Nos dias sem fim, em que não há nada a se pensar e muito que se fazer e o contrário é mais válido ainda.

Nos dias sem fim, em que a busca pelo improvável é impossí­vel e a costumeira rotina não dá espaço para uma nova aventura.

Destes dias sem fim, em que minha alma suspira pelos cantos e nem mesmo dormir com fantasmas faz mais sentido.

E nestes dias sem fim, não há nada para buscar dentro da escuridão, nem mesmo o interruptor, para que uma nova visão possa vir à tona.

2 comentários:

Andiara Moraes disse...

"No matter who obstruct you, just pick off this person of your way.

If you need somenthing... Looking for this. Fight for this."

as palavras que preencheram mo finalzinho do meu domingo! thank you so much for this!

quanto aos dias sem fim... seria uma característica própria dos domingos?

um beijão, te cuida!

laura lima disse...

esses dias eternos são malditos...


nossa,passa logo!
na medida do possível...

beijos