Eu poderia bem falar do primeiro zero que fiquei de média, pelo motivo de um erro de comunicação. Mas isto não é tão importante.
Poderia realmente escrever algo engraçado sobre dona Fábia (Phoebe?) quere passear de trem, no trajeto Gianetti Neto-Poá, mas isto não me é importante no momento.
Também poderia lamuriar-me sobre a dor insuportável do meu ombro, mas eu nem devo, uma vez que sei o que tenho que fazer para resolver.
Mas não sei... esta estranha criação cristã que eu tive, esta coisa de sempre achar que há algum pecado em ser feliz, que há algum pecado em fazer as coisas para o próprio bem.
Porque é aí que mora o perigo, há o eterno questionamento (e o eterno medo de questionar) o que Deus realmente quer. Eu me pego pensando nisto as vezes, me pego pensando realmente em como é a vida: há algum "livro" onde a minha vida está escrita, com todos os detalhes, com todos os meus próximos passos? Ou será que existe mais de um "livro", contando histórias diferentes, baseadas nos caminhos que eu escolho?
Não sei, não sei também se quero saber. Sempre me pareceu errado querer questionar Deus, sempre me pareceu ser blasfêmia questionar algo superior. Sempre me pareceu ingratidão, de um certo ponto de vista.
Mas as vezes, e eu sei que não é só comigo, há uma desconfiança, há uma falta de "fé", que leva a questionar: poxa, porque há tanta coisa errada no mundo? Porque a minha vida não é do jeito que eu quero? Porque parece que sempre que eu estou indo bem, eu levo uma rasteira?
São perguntas que nunca ninguém me respondeu, que nunca ninguém responderá. É até engraçado pensar nisto agora, mas sempre que me aparecem estas questões, me vem a mente um álbum do Bon Jovi, o These Days. É o álbum mais maduro e talvez o mais desesperado. Depois de Keep the Faith (ok, sem ter Crossroad no meio), é o que mais me perturba. Porque há questões do tipo "Hey Deus, eu estou aqui, sei que você é ocupado, mas já pensou sobre mim?", ou "eu preciso de algo para acreditar".
É sério. Ninguém entende quando eu falo (ninguém entende quando eu associo minha vida a músicas). Mas as vezes penso se Deus pensa sobre mim e sobre os meus. As vezes eu falo com Ele, mas eu não escuto o modo como Ele fala. Eu deveria entender mais, mas as vezes, me falta o que eu já tive há mais tempo atrás.
E talvez eu só tenha que manter a fé. Ou ter algo em que acreditar...
terça-feira, 6 de maio de 2008
Hey God (Keep the Faith?)
Postado por Sandrinha às 21:28:00
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2 comentários:
Eu entendo sim, o jeito como vc relaciona a música com a sua vida. U2 representa a minha virada... Pensa: o Bono (BONO) dizendo pra vc (aos prantos) These tears are going no where, baby... e de repente.... ELE TEM RAZÃO. Nessa horinha, ele se torna deus, pq salva, pq alimenta a alma, pq (neste caso sem saber) te faz parar pra pensar... e vc o escuta.
O outro Deus, nos escuta e fala conosco: Seja pelo fato de esquecer uma chave (pensa no q poderia acontecer...), seja no esperar mais 2 minutos pelo fretado que está atrasado...
Essas e outras coisas inexplicáveis fazem parte das nossas vidas. E que maravilha. Se tudo fosse previsível (ELI STONE...) se tudo fosse "ouvir-nos" o mundo seria um pandemônio.... e nessa hora, tanto qt agora... Deus seria culpado...
Take care!
pois é..eu também sempre me questiono..
quando roubaram a minha bolsa eu fiquei fortemente abalada,porque eu ainda,inocente-ou não-,acredito nas pessoas..
mas nessas e outras eu ponho a minha fé em xeque.e hoje em dia poderia falar-se em CHEQUE também..mundo superficial do caralho!
mas aí um velhinho me sorri na rua,na parceira e sem malícia,e meu mundo volta a ter cores...
beijos
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