terça-feira, 29 de abril de 2008

The Dreams which I´m Dying...

E se hoje fosse o meu último dia aqui, e digo aqui é na Terra, neste plano, viva, eu não saberia bem o que fazer.

Sei que não trabalharia. Sei que atravessaria a cidade e bateria na porta dele. Apenas para dar um grande beijo e dizer o quão importante ele foi para mim.

Sei que também sentiria vontade de ir 2000 km além daqui, apenas para fazer coisas que eu sempre tive vontade, que eu sempre quis, e que na verdade, eu preciso. Melhor dizendo, apenas para pedir perdão por algo.

Sei que eu contaria dois ou três segredos e que, mesmo que eu não estivesse aqui, provavelmente eles não seriam contados. Não valeria o esforço.

Sei que eu abraçaria cada uma das pessoas que eu amo, de uma forma apertada e com um nó na garganta incrível. Talvez choraria, talvez não.

Sei que faria várias listas das coisas que as pessoas jamais souberam sobre mim. Talvez, com as listas, elas verificariam que suas verdades poderiam ser absurdas, mas nem tanto.

Sei que cantaria pelo menos 4 canções inteiras, por ordem: The Next Life (Suede), Stop Crying Your Heart Out (Oasis), Sleeping With Ghosts (Placebo) e Mad World (versão de Gary Jules).

Sei que veria várias faces que conheço, mas passariam desapercebidas. Sei que teria vontade de estar com o peito aberto, ou com aquela vontade de estar com a ponta dos pés na beira de um precípicio ou do alto de um prédio e só atender ao chamado da gravidade (ops... é a sensação que tenho em muitos dos meus sonhos).

Sei que tudo isto seria um pouco engraçado e sei que seria um pouco triste. Sei que a sensação que eu estou sentindo agora, no exato momento em que escrevo (estômago embrulhado, visão nublada, coração quase saindo pela boca), talvez seria bem a sensação dos últimos momentos.

E depois de toda esta sensação, não quero pensar. Porque sempre tive a certeza de que jamais estarei preparada para um momento destes. Porque há o medo do desconhecido e há o medo de jamais saber se um dia, se um dia, verei novamente aqueles que eu tanto amo...


P.S.: É que Grey´s Anatomy acaba comigo.

4 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
What I know disse...

Quero chorar.. Primeiro pq é incrível a eneergia q nos cerca, estávamos falando sobre o último dia, sobre como viveríamos...
Hj falamos sobre segredos... e agora Grey´s...

Sabemos de tudo, temos ciência que agora pode ser o último segundo, a última palavra dita.. e não teremos tempo nem de pensar...

Por isso, hj eh o último dia. O último dia para deixar para trás as coisas que nos alienam, que nos oprimem, que nos magoam. Daqui a pouco é o dia (primeiro dia) da liberdade....da responsabilidade de nossos atos em cantar 4 canções inteiras, em abraçar quem a gnt realmente ama, revelar segredos, em fazer listas, em viajar centímetros e pedir perdão.

Darling! Use tudo isso em seu próprio benefício -dãar claro que em seu próprio...- mas enfim: use-o com sabedoria! Mas use. Não vale a pena esperar pelo amanhã, mesmo que com essa "liberdade" vc seja julgada, seja responsável.

Simplesmente faça o que te faz bem!

Elisa disse...

Nossa... Achei que só eu tinha dessas coisas... Só que eu costumo pensar mais no pós-morte do que no último dia. Quem choraria por mim? Quem iria ao meu enterro? Quanto tempo os que me amam me iriam recordar com freqüência?

A morte, essa nada gentil desconhecida, tem uma influência estranha. Mas pensá-la nos ajuda, sem dúvida, a valorizar e viver mais apropriadamente nosso presente.

Mais alegria nos seus dias, nos meus, nos nossos.

Beijo grande!

israel disse...

nao deixe pro amanha o que voçe pode fazer hoje, amanha ja pode ser tarde demais..

ame, grite conte segredos,abraçe,cante e faça o que te faz sentir bem !!pois o amanha nao se sabe..

bjo!!