Falam tanto sobre o mundo, sobre os amores, sobre a sustentabilidade, sobre todos estes termos que os leigos enchem o peito para falar. Bah, eu não estou a fim de ficar falando sempre sobre isto, nem mesmo sei se valerá a pena continuar falando sobre.
Referente a esta história, há dez anos atrás, quando a família passava os feriados na praia, lembro como Cubatão tinha um odor estranho e eu nem enxergava direito as indústrias ou a mata que tinha ali do lado.
Hoje, nos vários feriados que a família ainda passa na praia, eu já não sinto o odor da poluição que matou tantas pessoas e o lugar que já foi considerado a cidade mais poluída do mundo, tem um aspecto diferente. Há mata reconstituindo-se por ali, não vejo mais tantos sinais de erosão. O paredão, aquele que era famoso por passar nas propagandas da Operação Praia Limpa, hoje já não é um paredão liso. Prestem atenção da próxima vez que passarem por ele.
E eu ainda continuo achando incrível que falam que o Meio não está melhorando. Tivemos vários acidentes ambientais na década de 80, os piores do mundo, acredito. A proporção da década de 90 para cá melhorou e muito. Temos novas tecnologias disponíveis e há novas cabeças pensantes, pensando em soluções criativas.
Mas concordo, temos que frear muitas atividades antropológicas. Entretanto, é incrível como acham que o Aquecimento Global é consequência de apenas alguns anos atrás. Eu diria que são de muitos e muitos anos atrás e mais, todos os nossos esforços para contê-lo não farão efeito algum no momento. Só serão sentidos daqui muitos anos. E, espero eu, que venha a época do arrefecimento, mas ainda assim, muitos reclamarão do frio. Ninguém nunca está contente.
E já não estou mais com paciência. Quem quiser, que continue ouvindo Golpe de Estado e seu Caso Sério. Eu gosto deles e concordo em muitos aspectos. Porém, não estamos na era do Apocalipse.
E um amor sustentável, não sei se sustenta-se apenas em frágeis versos de uma música do começo da década de 90. Isto é, já inventaram o amor sustentável?